O 86ª dia da Pandemia

Cruzei-me com a Pandemia há 86 dias, isto é, ouvi falar dela em profundidade, nesse dia. Não sei quantas vezes a fintei. Provavelmente, nenhuma. Os sacerdotes, médicos, enfermeiros, auxiliares, de entre outros, nos quais incluo, a polícia, os bombeiros, forças de segurança, motoristas, jornalistas, padeiros, balconistas, esses, seguramente cruzaram-se com a Pandemia próximamente, mas souberam ludibriá-la, embalando-a em papel celofane, colocando uma legenda criativa, que só diz respeito a cada um deles, porque o medo, na história pandémica, atribui dignidade ao postulado provocadoramente irracional, não dependendo, assim, de nenhum tipo de diferenciação económica e/ou social.

Hoje, 86ª dia do (meu) reconhecimento substantivo, desembaraço-me da Pandemia, coloco a mente na tranquila atmosfera negacionista das consequências pandémias, é o medo, é o medo, abandono a moderação absolutista e percebo o meu genuino desejo de evasão: e se fosse à Gulbenkian?


Visito o site à procura da programação e leio...

    29 jun / 19:00 – 20:10 | Philharmonie Luxembourg | Gustavo Gimeno Maestro | Anton Bruckner - Sinfonia n.º 4, em Mi bemol maior

A transmissão estará disponível aqui (www.gulbenkian.pt) no dia 29 de junho às 19:00



#GulbenkianEmCasa



Tenho vontade de fazer um Festival dedicado ao pensamento

porquê?



Acaba de chegar ao meu correio electrónico uma das mensagens escritas no papel celofane de um dos protagonistas da peça “Fintei a Pandemia”:



« aceitamos a sua proposta para o Festival do Pensamento ainda por Zoom».







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